quarta-feira, 8 de abril de 2009

Fogo da vida

Óleo sobre tela, pintor angolano
O verbo pode ser fraco, sem valor, indubitavelmente d'amor (01-03-2006)
Toda prenhe de candura, tímida chama, calor.
enlevo, só ternura, a crepitar no amor
É depois a chama forte numa louca fantasia
Há desprezo pela morte, há ilusão, há magia !
Vermelhos e amarelos, de braço dado a saltar.
Tão ingénuos e tão belos, numa volúpia sem par.
E em tanto movimento, nasce o aviso da queda
Que faz ouvir o lamento, no pico da labareda
Logo, logo, a amargura, e por vezes tanta dor,
vão sufocar a ternura e os momentos d´amor
Baixa o fogo e a herança, são brazidos em modorra
Jaz ali a falsa esperança Talvez viva ! Talvez morra
Deste breve carnaval, resta a cinza. Vitualha !
E o fumo, seu ritual, que a suave brisa espalha.

3 comentários:

Baila sem peso disse...

Este crepitar de bela chama
começa em tímida ternura,
vai crescendo, vai vivendo
transformando-se na loucura!
Logo depois bela e surpresa
acesa, como prato colorido
é servido, sobre a mesa.
E de um tempo assim vivido
chega ao pico da esperança...
e no fraquejar da dança
vem depois o falso e dorido
nascer qual dor em clausura
porque da chama que ardeu
as cinzas alguém colheu...
e se pergunta se desse manjar
que servido de ternura sem cessar
se recolhe só o fumo do ritual
e na herança não fica nenhum mal?!

Por certo que sim por certo que não
que o medo é uma constante condição

E que o fogo que arde no coração
só se apaga, com sentida afeição?!

deu para entender, ou talvez não?:)

Beleza em tom sofrido! Escrito em 2006 estava nos arquivos escondido!
Ainda bem que chegou
e de labaredas encantou!

(cada vez a minha inveja mais vai subindo...isto não se faz...a minha rima vai ruindo :D )

Beijinhos

Paula Raposo disse...

Gostei de te ler...nestas chamas. Beijos.

Andradarte disse...

Sim senhor.........que surpresa!!!
Menos fotografia...mais poesia..
Oh..Oh.
Abraço