segunda-feira, 22 de março de 2010

Amigos

fotoTITA
Alguns humanos de mau carácter, fizeram o favor de me aproximar ainda mais dos animais.
Aqui lhes deixo profundo agradecimento.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Flores

Com um ponto final parágrafo, fica um ingresso gratuito ao meu JARDIM

segunda-feira, 8 de março de 2010

Asas

As tuas mãos estendidas, em busca do sol, perdidas
são asas alvoraçadas de pombas enamoradas
Levam consigo o perfume do teu corpo, feito lume
ao calor dos lábios meus quando colados aos teus,
lembrando doce sabor do nosso profundo amor
no veludo dessa pele tão suave como mel.
Tu partiste e eu fiquei mas é assim que as vejo,
levando também desejo dos beijos que não te dei

sábado, 6 de março de 2010

O peso da palavra

Fui à rua, levando um saco de palavras na peregrina ideia de as espalhar por aí e, talvez cansaço meu, pouco usual nestas andanças, notei pesado o saco e derreado o braço.
No jardim, em velho banco e à sombra amiga  da árvore,  tentei saber da causa de tal fadiga.
Entre as leves palavras de candura, ternura e com nome de flores, encontrei algumas pintadas de horrores, muito pralém da amargura, por ter ensacado a eito, sem critério na escolha ou algum jeito.
Aproveitei o remanso do momento de descanso, e, neste meu modo de louco, meditei um pouco.
Afinal as palavras tem peso, tal como as pedras, e, tal como elas, podem ser usadas das maneiras mais diversas, de formas ousadas, fagueiras ou perversas, sendo a mais gravosa o arremesso, pois uma vez atiradas ou proferidas não é possível emendar a mão, mesmo estejam prenhes de razão as desculpas emitidas.
Subsiste porém diferença.
A pedra, quando acerta na cabeça, resolve de vez o problema e, na palavra, surge o dilema: o visado pouco se rala e nisso nem fala, ou, ao invés, sente a pancada e aquilo funciona como trovoada, indutora de tensões e, em muitos casos, provocando depressões.
Bem, resolvido o mistério tenho de ir e sem favor, com critério, vou deixar aqui palavras de flor e, neste regresso, para evitar fique gente do avesso, vou espalhar todas as demais e sejam de cor, e até um raminho das que falam de ternura ou carinho, e, logo que recolha ao meu canto, vou destruir as que nada dizem e todas as que falem de amargura ou desencanto.

Fico grato por este aviso a creditar-me um pouco de juízo.





E sendo tudo isto de amor fica aqui bem esta flor.