sexta-feira, 16 de julho de 2010

PELES

O homem desde há muito, servindo-se do seu engenho e da tecnologia, fabrica tecidos com que se agasalha.
Eles tem origem nos mais variados materiais, servindo o negócio e a insatisfação humana, em constantes mutações a que, por principio, apelidam de moda.
Palavra que aqui significa: isso ainda te serve, mas o vizinho já tem diferente e mais moderno, cobrindo e servindo assim outros defeitos da humanidade a que me reservo o direito de não colocar nomes.
Há contudo uma rainha no fabrico de tecido que a todos supera:
A natureza resolveu dotar o pobre homem dum tecido riquíssimo e assim a pele humana e os seus milhões de pontos sensíveis é, pelo menos sob o meu ponto de vista, a maravilha que delicia a polpa dos meus dedos e, sempre que alguém o permite, eles afloram suavemente, toda essa fantástica cobertura do corpo, acordando e fazendo vibrar esses minúsculos pontos que ao cérebro transmitem sensações inversamente proporcionais à leveza do toque.
O toque é sem duvida um veiculo de grande afecto e tolo me parece quem toma por iguais os conceitos de acariciar e apalpar.
Mas pronto, como não regulo bem, poderá ser não tenha razão.
Com razão ou sem ela, da flor faço questão, pois nisto existe amor.

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