Alguém disse, falando de amor, na fronteira da ironia e do cinismo, que adorava deitar-se acompanhado e acordar sozinho.
Suponho seja o percurso usual do humano adulto e, com algum regozijo, noto ter alcançado o estagio seguinte desse culto.
Prefiro deitar-me só e só acordar, se por acaso acordar.
E tudo isto pela causa do que este meu olho vem observando e não me agrada de todo, porventura daí advindo razão de preservar o outro olho, numa vã tentativa de lhe esconder a paradoxal dualidade (crueza-beleza) que a natureza nos oferece nas suas propostas de vida.
Se não comunicarem, mantenho, pelo menos um, na virtude duma ingénua candura de juventude.
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